segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Degraus para suportar as floreiras

Viva pessoal! As culturas estão bem encaminhadas, especialmente os espinafres. Todos os dias crescem um bocadinho. A sementeira de salsa é que parece que não correu bem à primeira, mas agora que foi semeada mesmo à superfície da terra as expectativas são altas. Em breve também deve nascer. Entretanto a minha senhora dar-vos-á mais novidades.

Enquanto isso e como não podia ser de outra forma, se estão lembrados, a minha cara metade deixou a meu cargo a construção do escadote que suportará as floreiras. Uma peça de madeira inspirada nos socalcos do Alto Douro Vinhateiro. É pena é que faça mais lembrar aqueles escadotes que as senhoras do centro de dia utilizam para ajudar os velhinhos, cansados de uma vida de trabalho, a subir para a carrinha de apoio. Adiante.

Escadote para suportar as floreiras
Clique na imagem para ampliar

Para construir esta bela peça de mobiliário recorri aos conhecimentos avançados do mestre carpinteiro, o Rezunga. É verdade! Acho que se não fosse ele era gajo para ter isto pronto só lá para o Natal. Enfim, foi só falar-lhe no assunto que ele ficou logo todo entusiasmado com o projecto. Mostrei-lhe alguns rabiscos e trocámos algumas ideias. Falei-lhe que precisava de madeira e ele encaminhou-me para o monte de cavacas que servem de combustível para aquecer a água na bailarina.
- Estás a ver ali aquele monte de paletes? Desmonta-as e depois chama-me que a gente faz isso na serra eléctrica. Até te dizia para fazeres tu, mas ainda cortas algum dedo, por isso é melhor não.

Pronto foi assim que eu desencantei meia dúzia de paletes. Desmontei as que achei necessárias e, como menino bem mandado que sou, chamei o Rezunga para construir a coisa. Eheh.
- Desse monte de tábuas todas só vamos utilizar os barrotes!
- O quê?! Estive eu quase toda a tarde a desmanchar paletes para só utilizarmos três bocados de cada uma?
- Queres fazer o escadote com as tabuinhas? Isso não aguenta com nada, dormente!

Estrutura de suporte dos degraus
Clique na imagem para ampliar

Então o homem ligou a serra e toca a cortar. Só lixei a madeira, orientei as medidas e garanti que a obra batia certo como o projectado. Até deu gosto vê-lo trabalhar. Quase no meio de um monte de cavacas, o Rezunga cortou tudo direitinho e aprumadinho. Pegou em meia dúzia de serra-juntas e juntou o puzzle, colando cada peça cuidadosamente. No final rectificou algumas misérias com uma papa de cola e serradura.

Agora é só alombar com isto para o segundo andar e já temos uma forma de tirar os vasos do chão. Resta só saber se vai ficar chic ou não.

Sem comentários:

Enviar um comentário